Tipo de aberração cromossómica que leva à perda de um heterocromossoma X.
ABERRAÇÃO CROMOSSÓMICA
Tipo de mutação relacionada com grandes mudanças cromossomais.
ACETILAÇÃO DE HISTONAS
Adição de um grupo acetilo (molécula de três carbonos) a um "resíduo" de lisina num extremo de uma molécula de histona.
Adenina
Base púrica do DNA e RNA. Combina com a timina nas sequências duplex de DNA, com a adenina (no DNA) e com o uracilo (no RNA), em sequências duplex de DNA-RNA.
AMNIOCENTESE
Procedimento usado para o diagnóstico de alterações cromossómicas fetais. Requer a obtenção de líquido amniótico e a recuperação de células fetais. Procedimento usado para o diagnóstico de alterações cromossómicas fetais. Requer a obtenção de líquido amniótico e a recuperação de células fetais.
ANEUPLOIDIA
Alteração no número de um ou vários cromossomas. As trissomias são um exemplo.
AUTOSSÓMICO DOMINANTE
Padrão de herança clássico ou mendeliano que se caracteriza pela presença do fenómeno de dominância genética num alelo de um gene cujo locus está localizado num dos autossomas. Por este mecanismo, uma determinada característica hereditária é transmitida de uma forma que pode ser prevista independentemente do sexo do descendente. Além disso, para que esta característica hereditária se expresse, basta que o descendente receba o gene de apenas um dos seus progenitores. Numa doença autossómica dominante, basta que o indivíduo receba o alelo anormal de um dos seus progenitores para herdar a doença.
AUTOSSÓMICO RECESSIVO
Padrão de herança clássico ou mendeliano que se caracteriza por não apresentar o fenómeno de dominância genética, o fenótipo que caracteriza o alelo recessivo encontra-se codificado num gene cujo locus está localizado num dos autossomas. Por este mecanismo, uma determinada característica hereditária é transmitida numa forma que pode ser prevista sem ter em consideração o sexo do descendente. E para que esta característica hereditária se expresse é necessário que o descendente receba o gene ou o alelo mutado de ambos os progenitores
Anafase
Etapa da divisão celular na qual os cromossomas previamente duplicados migram para diferentes polos da célula
AUTOSSOMA
Cromossoma somático; qualquer cromossoma que não seja sexual. No ser humano, os cromossomas do par 1 a 22 são autossomas, e o par 23 corresponde aos cromossomas sexuais X e Y.
Alelo
Formas alternativas que um gene pode ter no mesmo locus.
ALTERAÇÃO CROMOSSÓMICA
Tipo de alteração genética que afeta uma parte ou a totalidade de um cromossoma, podendo alterar a expressão de centenas ou milhares de genes simultaneamente. A síndrome de Down é um exemplo.
Array CGH
Hibridação genómica comparada. Técnica de diagnóstico genético de última geração que permite diagnosticar anomalias cromossómicas com uma resolução superior às técnicas convencionais (análise citogenética convencional que estuda a estrutura, função e comportamento dos cromossomas). Este teste é uma ferramenta de estudo do genoma humano precisa e rápida, através da qual podem ser detetadas alterações de ADN, incluindo microdeleções e duplicações.
Biomarcador
Fração do ADN que indica uma característica diferencial entre dois indivíduos, podendo assim realizar um rastreio. Também faz referência a uma sequência de ADN que causa uma doença específica ou que está relacionada com a suscetibilidade a sofrer dela.
Biblioteca genómica
Genoma total clonado num conjunto de vetores.
Beta HCG
Fração beta livre da hormona gonadotrofina coriónica; hormona glicoproteína produzida na gravidez, fabricada pelo embrião em desenvolvimento logo após a conceção e, posteriormente, pelo sinciciotrofoblasto (parte da placenta). A sua função é evitar a desintegração do corpo lúteo do ovário e, portanto, manter a produção de progesterona que é essencial para a gravidez nos seres humanos. Os níveis podem ser medidos inicialmente através de uma análise ao sangue, cerca de 10-11 dias após a conceção, e aproximadamente 12-14 dias depois, mediante uma análise à urina.
CROMOSSOMAS SEXUAIS
Tipo de cromossoma que participa na determinação do sexo. O ser humano possui dois cromossomas sexuais; o X e Y. As mulheres têm dois cromossomas X nas suas células somáticas, enquanto os homens têm um cromossoma X e um Y. No entanto, os óvulos contêm apenas um cromossoma X, enquanto os espermatozoides podem conter um cromossoma X ou Y, assim o homem será quem determinará o sexo da descendência uma vez a fertilização ocorrida.
Citosina
Base pirimídica encontrada no ADN e ARN. Une-se através de três ligações por ponte de hidrogénio com G em sequências de dupla cadeia.
Cobertura
Profundidade na sequenciação de ADN; é o número de leituras únicas que incluem um determinado nucleótido na sequência reconstruída. A sequenciação profunda faz referência ao conceito geral de direcionar a um grande número de leituras únicas de cada região de uma sequência.
CODÃO
Sequência de 3 nucleótidos na cadeia codificadora do ADN ou ARNm que representa um aminoácido específico no código genético e é traduzida no seu aminoácido correspondente no processo de tradução. Existem codões que não significam aminoácidos e funcionam como sinais de término da tradução.
CONIZAÇÃO
Procedimento cirúrgico realizado para obter uma amostra de tecido anormal do colo do útero para a sua análise posterior, com a finalidade de diagnosticar ou tratar alterações pré-cancerosas no colo do útero.
CONSELHO GENÉTICO
Processo comunicativo para informar, educar e apoiar indivíduos e famílias com uma doença genética ou risco de tê-la. Faz parte da consulta de genética clínica e pode ser realizado por um geneticista clínico ou assessor genético.
Cromatina
A substância usada para criar cromossomas é composta por moléculas de ADN, ARN e várias proteínas. Está localizada no núcleo de cada célula que compõem o ser humano.
BIOPSIA DE VILOSIDADE CORIÓNICA
Procedimento de diagnóstico pré-natal invasivo que consiste na extração de uma pequena quantidade de tecido das vilosidades coriónicas do saco coriónico, a fim de determinar se o bebé tem uma condição genética ou uma anomalia cromossómica.
Cardiopatías congénitas
Malformações estruturais e/ou funcionais do coração presentes desde o nascimento.
Cariotipo
Complemento cromossómico de uma célula realizado com cromossomas metafásicos, que são ordenados em pares de cromossomas homólogos de acordo com os seus comprimentos e posição do centrómero.
CCPT
Rastreio combinado do primeiro trimestre (Triple Screening); técnica utilizada para a deteção de anomalias cromossómicas, consiste na realização de uma ecografia e de análises ao sangue entre as semanas 10 e 12 de gravidez.
Citogenética
Estudo da herança através da aplicação de técnicas citológicas e genéticas.
Cromossoma
Estrutura que se encontra no núcleo das células, formada pela associação de ADN e proteínas onde se encontram os genes que contêm toda a informação genética da célula e seus carateres hereditários.
CNV
Variação do número de cópia; alteração do ADN genómico que produz o ganho ou a perda de material genético quando comparado a um indivíduo "normal" ou "saudável".
DIAGNÓSTICO GENÉTICO
Permite conhecer a base genética de uma doença hereditária, sendo uma informação essencial para a tomada de decisões sobre possíveis opções de tratamento ou acompanhamento da sua evolução e prognóstico. Este diagnóstico genético pode fornecer-nos as ferramentas necessárias para ajudar a evitar a transmissão da doença e considerar a sua ampliação a outros membros da família que possam estar afetados ou ser portadores da doença.
DIAGNÓSTICO MOLECULAR
Conjunto de técnicas moleculares, utilizadas para a identificação e análise de biomarcadores no genoma e proteoma (o código genético e a forma como estes genes expressam para proteínas), que permitem diagnosticar e monitorizar doenças, detetar riscos e aplicar tratamentos personalizados.
DOENÇA CONGÉNITA
Doença que se manifesta antes do nascimento, quer seja causada por um transtorno durante o desenvolvimento do embrião, ou como consequência de um defeito hereditário.
DOENÇA CROMOSSÓMICA
Refere-se a alterações no número de cromossomas ou nas translocações cromossómicas.
DOENÇA MITOCONDRIAL
Causada por genes codificados no ADN mitocondrial. Existe uma herança exclusivamente materna.
DNA
Ácido desoxirribonucleico. Molécula que contém instruções genéticas utilizadas no desenvolvimento e funcionamento de todos os organismos vivos conhecidos e alguns vírus. Apresenta-se como uma hélice de dupla cadeia onde a informação genética é codificada graças a uma sequência de nucleótidos (guanina, adenina, timina e citosina), que são representados pelas letras G, A, T e C, respetivamente.
DELEÇÃO
É um tipo de mutação pontual, que consiste na perda de uma base ou perda de material cromossómico.
DOENÇA MONOGÉNICA
Existe apenas um gene envolvido na doença de cada paciente.
DOENÇA POLIGÉNICA
Também conhecidas como doenças multifatoriais ou complexas; existe mais de um gene envolvido na doença, além de fatores ambientais.
DOENÇAS RARAS
Também conhecidas como doenças minoritárias, órfãs ou pouco frequentes, incluindo as de origem genética; são aquelas com risco de morte ou incapacidade crónica que têm uma prevalência de menos de 5 casos por 10.000 habitantes.
Exoma
Parte codificante dos genes que farão parte do ARN mensageiro, que por sua vez dará lugar à síntese de proteínas. É a parte funcional mais importante do genoma humano e a que mais contribui para o fenótipo final de um organismo.
EXOMA CLÍNICO
Informação de mais de 6.400 genes, todos eles presentes na OMIM, pelo que se for observada alguma mutação, saberemos qual o gene(s) afetados e quais as alterações implicadas.
Exoma dirigido
Possibilidade de painéis com o número de genes a escolher em função da patologia. Esta é a melhor opção quando estamos diante de uma mendeliana com clínica definida e com vários genes associados.
EXÃO
Sequência de ADN que é transcrita e faz parte da molécula funcional.
EXPRESSÃO GENÉTICA
Faz referência aos processos de replicação do ADN, transcrição e tradução.
EXPRESSIVIDADE
Variabilidade no grau de manifestação fenotípica de um gene ou genes.
Exoma completo trio
Informação de mais de 19.000 genes que são codificantes no exoma. Ao estudar o trio, a complexidade bioinformática é reduzida e é possível compreender as alterações no caso index em relação aos progenitores, aumentando assim o seu valor prognóstico.
Epigenética
Estudo de alterações hereditárias na função genética que ocorrem sem alteração na sequência do ADN e não podem ser expressas pela genética, ou seja, fenómenos que não afetam a sequência do ADN, mas variam a sua expressão.
Especificidade
Probabilidade de que uma amostra negativa seja identificada como tal. É calculada como TN/(TN+FP), ou seja, a fração de resultados negativos atribuídos em relação ao total de negativos conhecidos. O valor procurado corresponde a 99% de especificidade.
ESTUDO DE RASTREIO
Estudo que se realiza para identificar na população geral as pessoas afetadas por uma doença ou anomalia que até então passava despercebida através de testes diagnósticos, exames ou outras técnicas de aplicação rápida.
ESTUDO GENÉTICO
Estudo usado para identificar a mutação (erro nos genes) no gene responsável pela doença hereditária.
FP
Os resultados positivos obtidos com a técnica ou método a validar e obtidos como negativos com outra técnica, com um diagnóstico ou com um material de referência identificado como negativo.
FN
Os resultados obtidos negativos com a técnica a validar e obtidos como positivos com outra técnica, com um diagnóstico ou com um material de referência identificado como positivo.
Fenótipo
As qualidades físicas observáveis de um organismo, incluindo a sua fisiologia, morfologia e conduta em todos os níveis de descrição, em suma, são as propriedades observáveis de um organismo.
FRAÇÃO FETAL
Quantidade de DNA fetal livre (fora da célula) presente numa determinada amostra de sangue materno, dividido entre o total de DNA livre presente (DNA fetal livre mais DNA materno livre), sendo de especial interesse clínico, pelo modo como afeta a qualidade da análise do material genético do feto.
Genoma
Conteúdo total de material genético de uma célula ou organismo, está incluído tanto o material genético nuclear como o citoplasmático.
Genotipo
Informação genética de um organismo em particular, na forma de DNA. Normalmente, o genoma de uma espécie inclui numerosas variações ou polimorfismos em muitos dos seus genes. A genotipagem usa-se para determinar que variações específicas existem no indivíduo. O genótipo, juntamente com fatores ambientais que atuam sobre o DNA, determinam as características do organismo, ou seja, o seu fenótipo.
Gene
Sequência de nucleótidos que codifica para um polipéptido ou uma cadeia de ARN que desempenha alguma função no organismo.
Genética
Disciplina científica que estuda o significado, propriedades e função do material genético.
Genética clínica
Aplicação dos conhecimentos de genética no mundo clínico. Os seus objetivos são a associação genótipo-fenótipo (pesquisa de associações genéticas), O estudo do padrão de hereditariedade de um transtorno e o aconselhamento genético.
Genómica
Área do conhecimento encarregue de decifrar a estrutura e o funcionamento dos genomas no seu conjunto. Requer métodos de alto rendimento e faz uso extensivo da bioinformática.
Guanina
Base púrica presente no ADN e ARN. Emparelhado com citosina através de três ligações por ponte de H em sequências duplex.
GÉMEO EVANESCENTE
Síndrome produzida quando um dos embriões de uma gravidez múltipla desaparece no útero como resultado de um aborto espontâneo e é total ou parcialmente reabsorvido pela mãe ou pela placenta.
Histona
Proteínas complexadas com ARN nuclear, ricas em aminoácidos básicos (lisina e arginina) e que participam no enrolamento do ADN para formar os nucleossomas.
HETEROZIGÓTICO
Indivíduo que possui dois alelos diferentes para uma determinada característica.
HOMOZIGÓTICO
Indivíduo que possui dois alelos iguais de um gene.
INTRÃO
Segmento de ADN dentro de um gene eucariota que é transcrito, mas é removido do transcrito primário por modificação pós-transcricional (splicing). Mas, devido ao efeito de um splicing alternativo, um determinado intrão pode fazer parte da sequência informacional do ARNm funcional. Também foram descritos para alguns genes procariotas.
Kilobase
Unidade de comprimento de ácidos nucleicos correspondente a 1000 nucleótidos. É abreviado como kb para ácidos nucleicos de cadeia simples e kbp (kilobase pair) para ácidos nucleicos de cadeia dupla.
Locus
Localização cromossómica de um determinado gene (o locus é o mesmo para dois cromossomas iguais). Por exemplo, locus cromossómico 22q11. 2.
Líquido amniótico
Fluido líquido que envolve e protege o embrião e, posteriormente, o feto dentro do saco amniótico (o saco onde o feto se desenvolve até ao nascimento). Protege e sustenta hidraulicamente o feto durante o processo de gestação.
mRNA
Ácido ribonucleico que contém a informação genética procedente do DNA, para ser utilizada na síntese de proteínas. Ou seja, determina a ordem da união dos aminoácidos. O RNA mensageiro é um ácido nucleico monocatenário, ao contrário do DNA, que é bicatenário.
MUTAÇÃO HERDADA
Alteração genética que vem de um ou ambos os progenitores, que podem ou não ser afetados.
Microarray
Técnica genética para o estudo de ganhos ou perdas de material genético ao longo de todo o genoma. É um teste diagnóstico (não de rastreio) e, no contexto pré-natal, é um teste que deteta um elevado número de síndromes num período de tempo muito curto, ao contrário do cariótipo convencional.
Mosaico genético
Também conhecido como mosaicismo; alteração genética em que, num mesmo indivíduo, coexistem duas ou mais populações celulares com genótipos diferentes, originárias de um mesmo zigoto. Por exemplo, as células tumorais.
MUTAÇÃO DE NOVO
Alteração genética que aparece pela primeira vez na família.
MUTAÇÃO GENÉTICA
Faz referência a qualquer alteração que modifique o código genético. Geralmente refere-se à mudança de um ou de alguns nucleótidos dentro de um gene.
METILAÇÃO DO DNA
Adição de grupos metilo ao DNA e que geralmente está associado à inativação de genes nos cromossomas.
NGS
Next Generation Sequencing. É uma metodologia de alto rendimento que permite uma sequenciação rápida dos pares de bases nas amostras de ADN ou ARN.
OBSERVAÇÃO INCIDENTAL
Observação de uma variante patogénica (ou provavelmente patogénica) e com relevância clínica num gene não relacionado com a síndrome ou a condição pela qual o paciente foi encaminhado para a consulta.
Promotor
Região essencial para a transcrição dos genes, que apresenta uma função regulatória e é reconhecida pela RNA polimerase. A RNA polimerase procarionte une-se diretamente ao promotor, enquanto a RNA polimerase eucarionte reconhece o promotor através de fatores transcricionais.
Portador
Indivíduo que herdou um traço genético mutado de uma doença, mas não apresenta sintomas. Por exemplo, a hemofilia: doença genética localizada no gene recessivo ligado ao X e que não apresenta nenhum sintoma no portador.
PROPORÇÃO DE DNA FETAL
Quantidade de DNA do feto (placentário) presente no sangue da mãe.
Purina
Bases azotadas. No DNA e no RNA, são adenina (A) e guanina (G). Nas sequências de ácidos nucleicos de cadeia dupla, uma base púrica (purina) reconhece uma pirimidina, de modo que a purina A reconhece a pirimidina T (no DNA) e U (no DNA). A purina G reconhece a pirimidina C.
PSEUDOGENE
Sequência nucleótida semelhante a um gene, mas que não resulta num produto funcional (não se expressa).
PENETRANCIA
A capacidade de um gene ou genes se expressarem genotipicamente.
Pirimidina
Tipo de base de azotada. A citosina é encontrada tanto no DNA como no RNA, a timina apenas no DNA e o uracilo apenas no RNA.
POLIMORFISMO CROMOSSÓMICO
Sequência de ADN que apresenta duas ou mais variantes na população.
PAPP-A
Proteína plasmática associada à gravidez; glicoproteína sintetizada pelo sincitiotrofoblasto e no endométrio a partir da sétima semana de gestação. Inibe a elastase, evitando que a zona de implantação do trofoblasto penetre no endométrio. É um marcador bioquímico.
QF-PCR
Técnica genética que, no contexto pré-natal, identifica determinadas sequências repetitivas (STR, Short Tandem Repeats) nos cromossomas 21, 18, 13 e XY. Essa identificação e quantificação permite-nos saber o número destes cromossomas em apenas 24 horas.
RNA
Ácido ribonucleico; macromoléculas que desempenham várias funções vitais na codificação, descodificação, regulação e expressão dos genes. Tal como o ADN, é um ácido nucleico e, juntamente com as proteínas, constituem os três grandes tipos de macromoléculas essenciais para todas as formas de vida.
REPLICAÇÃO
Processo pelo qual ocorre a duplicação do ADN, onde duas cópias iguais são geradas a partir de uma única. Este processo requer a separação das duas cadeias da molécula original.
Síndrome de Edwards
Aneuploidia que afeta a população humana com uma frequência de 1 / 10.000 no nascimento e está relacionada a uma trissomia do cromossoma 18.
Síndrome de Klinefelter
Aberração cromossómica que afeta o cromossoma X masculino em humanos. Portadores masculinos desta alteração têm um cromossoma X extra. Fenotipicamente, são caracterizados por esterilidade e, ocasionalmente, défice cognitivo.
Síndrome de Patau
Aberração cromossómica que afeta humanos e ocorre com uma frequência de 1 / 5.000 no nascimento. Está relacionada a uma trissomia do cromossoma 13.
Síndrome de Turner
Aberração cromossómica que afeta o cromossoma X em humanos. Portadoras femininas dessa alteração têm um cromossoma X a menos (monossomia). Assim, o genótipo AAXX normal muda para AAXO. Fenotipicamente, é comum a esterilidade, baixa estatura, pescoço largo e algum grau de défice cognitivo.
Sensibilidade
Capacidade do teste para detectar doenças (classificar corretamente um indivíduo doente).
Síndrome de Down
Condição clínica em humanos, caracterizada por várias alterações fenotípicas. Indivíduos genotipicamente afetados apresentam uma trissomia do cromossoma 21 (2n + 1). Uma baixa percentagem desses indivíduos, apresenta uma translocação entre um dos cromossomas do grupo 13 com o cromossoma 21 e, portanto, há informação genética extra para o cromossoma 21.
Splicing
Um processo de splicing que ocorre no transcrito inicial do RNA, removendo os íntrons e, subsequentemente, montando os exons para formar o DNA maduro.
SNPs
Polimorfismos de nucleótido único. Tipo de polimorfismo mais comum no genoma humano, que difere num único par de bases de um gene, em relação ao mesmo gene noutro indivíduo. São estáveis e são encontrados em média a cada 1000 bp no genoma. Os SNPs incluídos nas sequências codificantes são designados cSNPs e podem ser usados como marcadores de doenças.
TRANSPOSÃO
Sequências de ADN que podem mudar a sua posição dentro de um genoma. Isso permite que possam ser criadas ou invertidas mutações e alterar a identidade genética e o tamanho do genoma da célula. É constituída por aproximadamente metade do ADN não codificante.
TRANSLUCÊNCIA NUCAL
Parâmetro obtido por ecografia (ultrassom abdominal) entre as semanas 11 e 13 de gestação, que mede o espessamento da prega nucal (parte posterior do pescoço) do feto. Esse espessamento ocorre devido ao aumento de líquido na zona e está associado à Síndrome de Down e outras alterações genéticas.
TRADUÇÃO
Processo de biossíntese proteica que ocorre pela interação dos produtos transcricionais maduros (mRNA, aa-tRNA e ribossomas).
TRANSCRIÇÃO
Síntese enzimática de ARN usando um template de ADN.
Trissomia
Presença de um cromossoma extra (três, em vez de dois) nas células do ser humano.
Taxa de falsos positivos
Proporção de casos negativos que o teste deteta como positivos.
TESTE DE DNA FETAL LIVRE NO SANGUE MATERNO
Teste de rastreio pré-natal rápido, seguro, eficaz e preciso, que baseia o seu estudo na análise do DNA fetal livre no sangue materno e permite a detecção precoce das trissomias dos cromossomos 22, 21, 18, 16, 13 e 9. Por sua vez, informa sobre a presença de cromossomos sexuais (indica o sexo fetal), as anomalias de cromossomos sexuais mais comuns, e permite o descarte de determinadas síndromes de microdeleção.
TP
O número de verdadeiros positivos; resultados positivos obtidos com a técnica a validar e com o mesmo resultado quer com outra técnica comparativa, ou com um diagnóstico ou com um material de referência identificado como positivo.
TN
O número de verdadeiros negativos; resultados negativos obtidos com a técnica a validar e com o mesmo resultado quer com outra técnica comparativa, ou com um diagnóstico ou com um material de referência identificado como negativo.
Valor preditivo positivo
Probabilidade de ter a doença se o teste for positivo.
VARIANTE NÃO PATOGÉNICA
Variante descrita, mas sem associação a doença.
Variante patogénica
Variante que tem um efeito funcional e, consequentemente, pode causar uma doença.
VARIANTE PROVAVELMENTE NÃO PATOGÉNICA
Quando a alteração nucleotídica tem uma probabilidade de mais de 90% de não ser patogénica.
VARIANTE PROVAVELMENTE PATOGÉNICA
Quando a alteração nucleotídica tem uma probabilidade de mais de 90% de ser patogénica.
Validade clínica
Grau em que as proposições sobre as hipóteses ou teorias investigadas são justificadas pelos resultados do estudo.
Valor preditivo negativo
Probabilidade de não ter a doença se o teste for negativo.
Variante
Alteração observada num gene, podendo causar diferenças estruturais/funcionais.
VUS
Variante de significado incerto, ou seja, não se pode definir se é patogénica ou não.
WES
Whole Exome Sequencing; sequenciação do exoma completo. Técnica genómica para sequenciar todas as regiões de codificação de proteínas dos genes num genoma (conhecido como exoma).
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